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Topoi. Revista de História | Volume 18, Número 34 | Janeiro – Abril 2017

 

Três pretos tristes: André Rebouças, Cruz e Sousa e Lima Barreto

Maria Alice Rezende de Carvalho

Três pretos tristes: André Rebouças, Cruz e Sousa e Lima Barreto
Na imagem, Cruz e Sousa, André Rebouças e Lima Barreto

A principal sugestão deste ensaio é a de que a questão da abertura, da incompletude do Brasil foi construída no âmbito dos debates sobre a crise estrutural do império brasileiro, como crítica assistemática, porém pertinaz à ordem burguesa que se impunha. Naquele contexto, foram portadores dessa crítica André Rebouças, Cruz e Sousa e Lima Barreto, cuja inscrição marginal em seus respectivos contextos de atuação lhes conferiu ângulos privilegiados para a figuração de outros Brasis possíveis. Contudo, o desfecho trágico de suas vidas – o suicídio, a tuberculose famélica e o alcoolismo – ocultou a radicalidade presente em suas obras.

Palavras-chave: André Rebouças; Cruz e Sousa; Lima Barreto; intelectuais negros.

Como citar:
CARVALHO, Maria Alice Rezende de. Três pretos tristes: André Rebouças, Cruz e Sousa e Lima Barreto. Topoi. Revista de História, Rio de Janeiro, v. 18, n. 34, p. 6-22, jan./abr. 2017. Disponível em: <www.revistatopoi.org>.

 

Tres negros tristes: André Rebouças, Cruz e Sousa y Lima Barreto

La principal sugerencia de este ensayo es que la cuestión de la abertura, de la incompletud de Brasil ha sido construida en el ámbito de los debates sobre la crisis estructural del Imperio brasileño, como crítica asistemática pero pertinaz al orden burgués que se imponía. En aquel contexto, los portadores de esta crítica fueron André Rebouças, Cruz e Sousa y Lima Barreto. La inscripción marginal de los tres en sus respectivos contextos de actuación les ha conferido ángulos privilegiados para la figuración de otros Brasil es posibles. Sin embargo, el desenlace trágico de sus vidas – el suicidio, la tuberculosis famélica y el alcoholismo – ha ocultado la radicalidad presente en sus obras.

Palabras clave:André Rebouças; Cruz e Sousa; Lima Barreto; intelectuales negros.

Cómo citar:
CARVALHO, Maria Alice Rezende de. Três pretos tristes: André Rebouças, Cruz e Sousa e Lima Barreto. Topoi. Revista de História, Rio de Janeiro, v. 18, n. 34, p. 6-22, ene./abr. 2017. Disponible en: <www.revistatopoi.org>.

 

Three Sad Blackmen: André Rebouças, Cruz e Sousa and Lima Barreto

This paper’s key proposition is that the issue of openness, of incompleteness of Brazil was built within the debates about the Brazilian Empire’s structural crisis as an asystematic though persistent criticism to the imposed bourgeois order. In that context, André Rebouças, Cruz e Sousa, and Lima Barreto were the bearers of such criticism, but their marginal inscription in their respective contexts conferred them privileged angles to figure out other possible Brazils. However, the tragic outcome of their lives – suicide, starving tuberculosis, and alcoholism – hid their works’ radicality.

Keywords:André Rebouças; Cruz e Sousa; Lima Barreto; Black Intellectuals.

Cite this item: 
CARVALHO, Maria Alice Rezende de. Três pretos tristes: André Rebouças, Cruz e Sousa e Lima Barreto. Topoi. Revista de História, Rio de Janeiro, v. 18, n. 34, p. 6-22, Jan./Apr. 2017. Available at: <www.revistatopoi.org>.

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